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George Teles

É acumulador, batedor de perna e artista visual. Hoje vive em trânsito no Recôncavo – guardando no espaço entre o pó de ferrugem da ponte e tudo mais o que encontra no caminho. Suas investigações lidam com as oposições entre acúmulo-sobreposição e vazios-desgastes para tratar das afecções de um corpo em trânsito. É no bater de perna que o processo de coleta acontece. Todo escombro da cidade lhe serve de matéria para construção. Madeiras de descarte e chapas de ferro se transformam em matrizes para impressões; linhas e retalhos servem para a construção de tecidos e objetos. Entre a gravura expandida, a costura e o objeto, busca dar corpo a narrativas experienciadas no encontro entre essas subjetividades atravessadas. É graduando em Artes Visuais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, desenvolve pesquisa em processos artísticos com ênfase em pintura e impressões contemporâneas, além de fazer parte dos grupos de pesquisa e extensão Áfricas nas Artes e Práticas Desobedientes.

portfólio 2019 - 2020

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Oco 

monotipias, impressão s/ papel, 2019

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Tecer rede de amparo (série parcial)

monotipias, impressão s/ papel, 2019

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Corpo tecido (série parcial)

monotipias, impressão s/ papel, 2019

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Resíduos dos primeiros encontros (série parcial)

monotipias, impressão s/ papel, 2019

O bater de perna e as gravuras enferrujadas 

 

O sabor do pó de ferrugem na ponta dos dedos ao caminhar pela ponte me serve de lembrança constante do meu eterno estar em meio ao caminho, em travessia. bater perna pelo recôncavo é entender que os afetos que acontecem no estar _entre_ atravessa e modifica um corpo como em nenhum outro lugar. caminhar e catar tudo o que consegue grudar no corpo molhado de parágûassu. é nesse trânsito cachoeira-são félix que gravo os primeiros corpos e aprendo cada vez mais a me deixar mole e rígido para o próximo encontro. _resíduos dos primeiros encontros_, série de gravuras enferrujadas que me coloca a entender o imprimir como um ato duplo, que afeta dos dois lados. o encontro entre o material e o papel já é um encontro. e daí entender as tramas do recôncavo como corpos que afetam e deixam marcas no outro me serve de fio condutor para a tecitura deste processo.

 

 

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